quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Nesta Passagem....

Quando passei por ti nesta caminhada da vida
Encontrei num olhar, num sorriso aberto
O carinho almejado durante uma existência

Quando passei por ti no percurso da jornada
Encontrei o amigo, sereno companheiro
De peito aberto para esvaziar solidões

Quando passei por ti na voluptuosa dança de nós
Encontrei o amante, sábio mestre
Na plena realização de sentires na torrente de desejos

Quando passei por ti no anoitecer da ilusão
Encontrei os sonhos desfeitos, rasgados no chão
Sem que nenhum de nós os tentasse reerguer

Quando passei por ti no reviver dos momentos
Encontrei-me a passar por ti, sem que marca
Alguma te infligisse nesta minha passagem

BF

domingo, 23 de setembro de 2007

Aparente sentir



Invoquei o teu nome
Tive silêncio na resposta
Desvendei os olhos
Não te consegui vislumbrar
Já não estavas lá...
A procura recomeçara
Em espaços que se alienam sonhos
Se perscrutam ilusões...

Sem nunca agarrar o real amar
Crês sentires amares
Nos nomes que trocas
Das camas amassadas de nada
E vais na angustia vazia de ti

Viver o muito ... no viver nada!


BF

imagem retirada da net

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Significâncias(IN) Lisboa











Porque estou numa fase que não me apetece escrever.....

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Levar uma linha a passear...

Dedicado a um sonhador
Alguém que consegue “levar uma linha a passear”…
Alguém que não se importaria de voltar a ser criança
…rebolar numa seara de trigo
E … depois fugir a sete pés do dono da mesma!!!

A ti Desenhador de Sonhos


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Nas asas de uma andorinha que parte
Na brisa do vento que arrepia
No brilho do raio de sol que aquece a pele
Vai…na rota do teu sonho

Nas palavras que em silencio ouves
Nos braços que ilusoriamente te acolhem
Nas memórias dos beijos trocados
Vai …na rota do teu sonho

Nos traços simétricos da vida
Na folha em que desenhas sentires
Nos momentos em que trocas sorrisos
Vai …na rota dos teus sonhos

E no mapa traçado por ti
Com a tinta do teu querer
Realiza o sonho de seres tu,
Na rota de ti! Vive o Sonho.

BF

Imagem retirada da net

domingo, 16 de setembro de 2007

Eléctricos



Eléctricos de uma outra Lisboa...

Mais Romântica... e menos poluída.

A minha Papoilinha a viajar no tempo

Agora quis ser passageira


Como vêem ...

O Terreiro do Paço aos Domingos é das Pessoas

Será que serve de consolo?!


Só faltou andar de cavalo e,

ter o "indescritível" prazer de entrar num Tanque de Guerra

A Mim

Não me serve de consolo...

O Terreiro do Paço aos Domingos ser das Pessoas.


BF

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Na noite


Te penetro noite
Com os olhos do firmamento
Negrume da alma em mim
Sombras do dia que passou
Marcas …Angústias… sorrisos
Estranhos amares na alma pesada,
Coração aflito
Em demandas infindas dos sonhos
Rasgo emoções
Abalroo sentimentos
No desejo do perfeito querer
Na alma pura
Que me atrai
Ávida de ter
Singelo amar

BF
imagem retirada da net

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A Tua Deixa...


Pelos sonhos viajo
Invento diálogos
Realizo a cena da vida que anseio.
Sempre idealizei cenas de uma vida
Que não vivi…
Escolhi os cenários,
Ensaiei os textos,
Rodeei-me dos melhores actores
E, esperei a deixa.
Palavra certa a ser proclamada por ti!
Como actor principal,
Neste cenário, por mim, idealizado
És luz que enche o palco
És resposta neste meu monologo…
Te sinto assim.
E na hora de eu actuar já não estás em cena.
Não recebes os aplausos…
Já recolheste ao camarim.

BF
foto retirada de imagens google

sábado, 8 de setembro de 2007

Para ti...

Não vislumbro no negrume da estrada aquilo que sou.
Caminhante,
Errante busco quimeras
Esquecendo sempre aquilo que atrás fica.
O canto, aconchego...
Sem olhar em redor
Rodopio,
Na incansável demanda de impossíveis carinhos
Esqueço-te a ti!
E tu estás lá…
Sempre ali.
Continuo errante, vazia,
Na bruma perdida
Sem que outra mão segure a minha.
Mão por ti estendida e que eu não vejo.
Parto sempre
E, tu ficas a aguardar …
Não volto a cabeça,
Não te dou um último olhar.
Quero mais…
Mais longe sempre.
Relego as rectas que me permitem uma ampla visão,
Pelo suplicio dos sinuosos atalhos, obscuros de sentires…
E, nesta permanente caminhada
Esqueço-me sempre de ti.
Que tu ficaste para trás.
E quando a ti volto...
Após ter sido ferida, pelos espinhos silvestres
Que tanto me encantam,
Volto a ti mas não te vejo…
Mas tu, igual a vereda florida me acolhes…
E um dia…
Talvez,
No meu retorno magoado
Já não estejas lá
As flores tenham murchado…

BF

foto retirada de imagens google

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Nesta Paixão...

Nas ondas da paixão navego
Como barco à deriva de mim.
Por vezes me encontro em águas calmas
Outras as tormentas persistem…
Tempestades de sentires,
Raios fortes que trespassam.
E, na enseada da vida
Espero-te, sempre, encontrar
Qual mestre, marinheiro,
Sábio guia das barcaças perdidas…
Que a si atrai …
E, em seu porto de abrigo,
Conduzida enfim me encontro.
No calmo ondular
Me aconchego a ti.

BF

Foto de João Vaz Meneses, retirada de 1000imagens.com

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Pudesse


Pudesse eu falar às estrelas
e tua luz seria a mais cintilante
do firmamento...
Pudesse eu escalar as montanhas
e, no cume mais alto,
gritar teu nome
para que todo o universo,
a ele, se curvasse em homenagem...
Nome que em meu peito
gravaste com carinhos.
Nome que continua em mim
mesmo na tua ausência.
Pudesse eu reinventar o gostar
e tu,
estarias aqui!
......
......
BF
imagem retirada de imagens google

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Uma Gaivota Voava

Soltar as Palavras

Nas palavras que passaram de um Abril já distante
Revejo os silêncios de outrora, gritos mudos de revolta
Astuta arma camuflada a um olhar mais perspicaz

Nas palavras censuradas se gritou a liberdade
Disfarçada de cantiga, em poema… no jornal
Em folhetos clandestinos, reuniões dissimuladas

E nas vidas separadas a coragem renascia
E a palavra esperança de palavras libertar
Nas goelas não ficava e mesmo sofrida combatia

Agora que as palavras voltaram a ser pequeninas
Um lápis azul diferente, mais aprumado por certo
Vai apagando as palavras castrando-as no intelecto

Vamos soltar as palavras, essas palavras de Abril
Das grades onde alguns as tentam manter trancadas
Que não viva reprimida … grita de novo a Palavra!

BF
Imagem retirada de imagens google

domingo, 2 de setembro de 2007

Perdida

Estou só neste dilema.
Não sei o caminho e,
Não encontro sinais do mapa
Traçado pela mão do destino.
Quisera seguir adiante,
Alcançar mais longe,
Passar os limites da procura...
E, sinto-me perdida nesta bruma
Que não me deixa avançar.
Perdida estou...assim!
A luz que não vem,
A mão que não me guia,
O anjo que não me acompanha.
Quero chegar ao fim...
É urgente!
BF
imagem retirada da net